A VIDA NA LIBATA A noite estava quente A lua cheia iluminava Bem de frente Os corpos transpirados De homens, mulheres e crianças A volta da fogueira A aldeia dançava e cantava Ao ulular das hienas ouvidos de longe, Misturavam-se os cantares das gentes, Os ritmos dos chocalhos e batuques, Os sons de marimbas e quissanjes Deitada num monte de rícino, Um moleque De andar desajeitado Acerca-se. Dá-me um toque Esmola uma guloseima Afago-lhe o rosto Coloco um bombom na palma Da mão, dá um sorriso pra foto Todo feliz o petiz Foge pulando e batendo palmas Bem alta já ia a lua Quando a libata silenciou A arder lenta e nua Só a fogueira ficou A afugentar as feras E armadas com paus e catanas As sentinelas, Bem junto às canas, Com bonés de palas Que se rendiam por ela Acordei, já o sol brilhava Quente a terra beijava Cedo o pessoal bazava As mulheres pros arimos, Outras pro açude ou pra quitanda A criançada com sacolas pra escola De boleia na monanga, Ou a bute Ainda pedalando binas Os homens curtiam pra cidade Ou então para lá salar Perdida, desconfortada Via os que partiam E olhava os que ficavam Mesmo no centro, o jango! Marco histórico, Ponto de encontro Entre o passado e o presente Onde o Soma, soma assuntos, Opera problemas E reduze-os em produtos Aqui, os cotas se reúnem Matam o tempo a falar política Os putos ouvem A história heróica De reis e rainhas, De príncipes e princesas, De Caçadores e guerreiros Mitos, superstições e fábulas Assim como adivinhas Do antigamente na vida De um lado o velho embondeiro Pesado de múcuas todo altaneiro Que vê-lo até era um regalo. Zunzunavam marimbondos E cantava um velho enriçado galo. À sua sombra um artesão talhava Pedaços de madeira tacula Na parlenga com o curibota. Lá estava também o quimbanda Com a sua negra magia Uma galinha preta trazia, Pendurado, ossos de dumba E pelos de rabo de jamba. Na soleira de uma cubata O século sentado numa quibaca Com o cachimbo a fazer fumaça. Sentadas numa esteira As mulheres mais cotas da aldeia Os cabelos entrançavam Os piolhos catavam E um fogareiro de carvão Com uma panela de barro Fervendo água para o pirão, Umas assadas de caboenhas E um garoto a brincar com um pião, As garinas a partir milho no pilão. Como não podiam faltar Os porcos, os patos marrecos, As cabras, as galinhas pretas E ao longe o cuco a cantar A tardinha ao sol poente Regressavam carregadinhas Cansadas mas contentes Às costas com os seus nenés, Davam agradecimentos À cabeça latas cheias de água, Qualos cheios de mantimentos E trochas de roupa lavada. Eles chegavam com mucandas Mas os lábios sorridentes À noite depois do manjar De novo se vai brincar Até que alta fique a lua cheia Em sombras e em silêncio Fica adormecida toda aldeia Cercada por viçapas, Bananeiras e palmeiras E guardada por pirilampos Que até pareciam estrelas Finalmente sós…! O jango e o embondeiro Em silêncio Contam os segredos e os mistérios Da embala E a fogueira, a chama Que aquece e ilumina a alma Da libata Por Carla Couceiro 11/05/2013 Escritos protegidos pelo IGAC ANGOLA MINHA EMBALA
À uma terra distante Elevo meus pensamentos, Entre as palmas de coqueiros Carregados de cocos, Dançam ao som de uma melodia De ondas que batem E rebatem numa praia Um sol místico Combinado com um vermelho fogo E amarelo dourado Brilha intensamente Sobre um mar de águas prateadas E uma areia grossa amarelada Nesta nostalgia Cambaleante e distante Vejo uma terra a florescer Angola minha embala Terra que me viu nascer Que meu berço ainda embala Cheia de encantoas e belezas naturais Ah! Saudades! Daquele Cheiro do café vermelho cereja Dos campos brancos de flores de algodão Do amarelo de girassóis girando ao sol Do verde dos milheirais em botão Da batata-doce e da mandioca Dos saborosos frutos exóticos Saudades de sentir o toque Da savana do parque da Quiçama Com os seus elefantes, pacaças, girafas, Avestruzes, antílopes, gungas e zebras, Das vivas chanas do leste, Do deserto do Namibe Com sua weliwítschia mirabilis, Do verde dos capinzais. audades de ouvir O rufiar do esvoaçar dos flamingos, De descansar à sombra da mulemba, De inspirar e expirar O aroma das acácias rubras, De colher lindas rosas de porcelana. Ainda os matrindindes, o ruído das cigarras, Ainda a história valorosa de reis e rainhas. O meu saudoso e velho embondeiro Com quem conversava Quando estudava Sentada a sua sombra Olhando as múcuas penduradas Angola minha embala Que ainda meu berço embala Ao som de músicas de cabaças, Do rufar de batuques e bombos, Das marimbas, quissanjes e chocalhos De cantos e recantos de vozes africanas, Dos contos e lendas milenares Onde o Homem é aprendiz e mestre Angola Que com as mãos semeias a terra E constróis mundos Em metamorfose geras futuro És minha identidade Teu povo, minha história Tua cultura, minha memória Angola minha embala Ainda meu berço embala Por Carla Couceiro 26/05/2013 Escritos protegidos pelo IGAC Emanar Minha existência no teu umbigo Um ponto inacabado Uma liberdade nata Declino emoções do sôfrego exactor de prantos Outra beleza extra planetária Mordiscada na maçã digerida entre os sabores dos filtros no siso Ali, na janela de outrem apenas o momento do gesto Se vivido Se pensado Se esquecido Nossa civilização Naquele olhar humano Num outro tempo explanado com grandes desafios desta evolução Hoje! Hoje somos noventa e nove porcento animalescos Nossa definição caiu em matéria Aplicada lei, dos bens maiores na espiritualidade de escassos... E, aos que implodirem! O emanar de, novos corações Aos como eu! Um novo mundo por descobrir. Por Aguinaldo Gonçalves Escritos protegidos pelo IGAC Ali estava ela Disseram-me que ali estaria mas a ausência de foco repercutiu... Ali estava com à vida de rosto estilicídio Uma retinia débil para não encarar Ali estava um coração acabrunhado Uma flora degradada Em seus lábios secos centenas de milhares de lamentos Um abraço? Um ombro? Quiçá aceitação? Caída no escombro da vida desta lamentação Ali estava uma gota que se fizera oceano. Vidas recalcadas Mãos acabrunhadas Notas de um piano na ópera existencial Ali estava E com ela habitava fé e sabedoria Com os amores deleitava Uma força única Na compreensão da vivência Estaria ali um mundo por descobrir Exemplo para não banir Viver sem ela talvez aí janelas sobejariam Peitos aqueceriam Ah... Com toda a razão de viver Por amor a natureza tendo compaixão a filosofia Existiria eu ali com ela? Não fosse estar ela ali A caneta não estaria aqui! Com tudo, ali estava ela reflectindo espectros hierárquicos d'ma era de géneros coadjuvados Ali estava ela! Por Aguinaldo Gonçalves Escritos protegidos pelo IGAC Feliz dia da mulher
Sei que em algum lugar deste planeta estás tu a pensar mulher... Será que para o resto da vida ele me quer ter? O que faço para lhe puder ver? Cansei de perdoar e entender Imaturo não receia me perder Dou tudo de mim para me envolver Será que um bouquét irei receber? Ignora-me, mas amolo até morrer É meu dia aposto que se vai derreter Ter-te aqui até o sol nascer... Aquele olhar que me faz amolecer O carinho que só ele sabe fazer Aquele cheiro penetrante... aí já começo a tremer!!! Do meu jeito desejo a toda mulher um momento de privacidade no dia que marca a vossa batalha. Feliz dia da mulher Por Aguinaldo Gonçalves Escritos protegidos pelo IGAC Gostava de Pensar Gostava de pensar e gravar directamente numa pen USB Gostava de pensar e mudar directamente no Mundo as coisas que gostava de mudar. Erradicava a pobreza (ponto assente), acho demasiadamente estúpido uns a puxar para os outros curtirem. Esta terra ganha asas se todos nós lutarmos um bocado. Voltava a inserir o amor (esse grande malandro) como tema obrigatório na educação das crianças. Ama-te, ama e faz-te amado. Não tenho a menor dúvida que seria um slogan porreiro. Imagino isso gravado em cada um da nós, mudava o mundo. (certamente). Acabava com o petróleo, punha os barquinhos a andar à vela (com umas células energéticas de super potencia e emissão 0), plantava árvores de fruto nos jardins da cidade. Nada mais feliz que uma criança em cima de uma árvore de fruto. Acabava com a religião, já vimos que isto não dá quando nos pensamos um do rebanho, vamos assumir que parte de cada um de nós. Eu conto um pequena história, para ilustrar um bocado: Um politico entra num bar Um pescador olha de esguelha Ficou em terra, por não ter como pescar Vendeu a casa trocou por gasóleo O barman era gay Sentia-se descriminado Era perseguido, ameaçado de morte Um preto, sentado ao balcão, sentiu-se apertado Foram homens de gravata que o tiraram dos Pais Que o julgaram um dia e o meteram na prisão Tinha roubado por fome, e continuava sem comer Entrou o dono da gasolineira Com sapato crocodilo, charuto mal cheiroso nos queixos Entrou a ASAE e começou a disparar Todos olharam o politico em busca de defesa Contou as notas no bolso e pagou uma rodada Mas ninguém aplaudiu O ar estava pesado, sentia-se o que estava por vir Mas vamos virar o cartão Um politico entra num bar O pescador chama-o para a mesa, sente-se a sardinha no ar O barman serviu as bebidas, todas elas frescas Entrou o dono da gasolineira de mega-fone na mão e um sorriso rasgado Chamou-os para o jardim municipal, havia escorregas novos por todo lado Crianças a brincar e a fanfarra dos Bombeiros A ASAE condecorou o melhor chouriço artesanal de todo o Portugal, e arredores... Comeram, beberam e foram ainda assim felizes para sempre O politico, o gay, o preto, o branco, o urso polar e os Kangurus na Austrália, as amendoeiras em flor Enfim... Fonix... Parte sempre de nós, e não dos OUTROS Arranjam reforços Nem o mar a pique, nem mil chamas que os cercam os assusta Descansam no fim, comem no fim, dormem do fim Podem até por vezes tropeçar no caminho mas a vida de um homem que arrisca a vida por ti. é mais santa que Deus, mais forte que o mais forte dom que o Homem ainda tem Amar o próximo mais do que a ti mesmo, Assim como eles, vezes e vezes sem conta. Por Nuno Almeida Escritos protegidos pelo IGAC Silêncio Pequenos pedaços de mágoa, de raiva e de ódio, sentimentos escondidos nas palavras, palavras que magoam, que num ápice nos rasgam a pele e nos apertam o coração. Tudo são palavras, apenas palavras… Enormes pedaços de morte, de sufoco e desespero, sensações contidas no silêncio, esse teu silêncio profundo como as trevas que atravessam a minha alma, escuridão tremenda que me assola o coração e me faz desejar… Desejar não acordar, respirar, abrir os olhos para a ténue luz que me entra no quarto. Vivo nas sombras da memória, nos cantos escondidos do beijo, na ténue saudade das mãos vagueando perdidas no meu corpo. Perco-me nas recordações da voz do calor do abraço, nas lágrimas caídas no ombro. Farto de viver nas ondas desta tua ausência, nas ondas deste teu terrível silêncio. Tudo o que me resta de ti, tudo o que me resta de nós…. Silêncio… Por Nuno Almeida Escritos protegidos pelo IGAC Amar e Ser Amado.
Uma grande parte da nossa sociedade, continua a derreter-se na prata. Esquecidos no tempo, esquecidos no espaço, esquecidos no meu coração. Nesta nossa sociedade, cada vez mais capitalista, quantos milhões valera um abraço ou mesmo um simples sorriso? Passamos demasiado tempo em frente do televisor, preocupados com o Iraque, com a Coreia, com a economia em geral, com o que este disse e o outro fez. O que esperamos nós afinal? Um milagre? Do tal Deus adormecido, que teima em não se manifestar! Chegou o momento de parar, parar este enorme carrossel de preocupações pré-definidas Uma grande parte da Humanidade vive (sobrevive) ainda nos dias de hoje, em tremenda pobreza, longe do acesso a medicamentos, longe do carinho, esquecidos do amor. Que temos feito nós por isso? Mais uma greve. Mais um protesto. Mais uma guerra de ideias. Não será este o momento de estender definitivamente as mãos? Baixar de uma vez por todas, as armas. Dar sem nada querer em troca! Amar e ser amado. Ser feliz, simplesmente com a felicidade dos outros. No fundo… Ser Humano! Por Nuno Almeida 2006 Escritos protegidos pelo IGAC Tiraram-me a palavra Tiraram-na quando semeava Bramem vozes Entoam hinos Porquê? Eu digo porquê! Não basta amordaçar? Agora estripam-na das cordas? Abrem janelas Trancam portas E esquecem-se que ela alimentava? Ah! Me amarro nos dizeres ásperos sobre caminhos amorfos E liberto-me na austaraxia De ser humano com a graça de ser criatura... Desamarro-me Sim! Desamarro-me! Pois deste cárcere já fui vil Hoje! Hoje tiraram-na de mim Ai! Então porquê? Se na mensagem do léxico dizia "havemos de voltar" Me contento por ter de calar? Me revolto por ter de olhar? Ou estaria a visionar política no recipiente da arte? Num realismo socialista que traz o novo pensamento artístico pela expressão oprimida Tirem-na! Ou tirem-me de mim. Sei sonhar e palavrear Com o pranto do homem injustisçado nas profundezas industriais que parem riquezas avassaladoras e, nem por isso há famílias descontentes... Tiraram-me a palavra Mas a fé pela lavra é um mistério que o cachimbo do soba entoava em suas baforadas! Quando o filho de África era explorado mar a dentro... Por: Aguinaldo Gonçalves AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC Existo no meu hermético sentido poético Devasto mundos em mim... Construo muralhas nesta vida de ínfimos amigos Ratifico exórdios num estado que dizem ser arte! Hum! Houvesse milagres para melhor aceitação... Já não sei se saber significa curvar-se... Deteriora-se a concedida alma num grito ao apelar por esta sapiência que não é ciência fruto de uma objectiva experiência! Carta ao vento
Uma carta de amor ao vento Com a caneta aos saltitos Como tu ser livre Viajar sem recear voltar Conhecer, alargar, tocar! Rostos suavizar Em densas correntezas fazer poesia com todas a partículas PARABÉNS TERRA LINDA Minha terra é tão bonita Menina linda e tão grande. O povo que em ti habitou e habita Só pode ter alma de diamante. És terra de tanta gente De tantas famílias, amigos e irmãos. Estás sempre de parabéns Pois os teus filhos dão as mãos. Terra minha abençoada Eis toda a minha humildade, Pois venho assim agradecer-te E dizer-te que tenho saudades. Ó terra linda minha amada És meu o mar, o meu sol e o meu chão, E hoje minha terra mais do que nunca Estarás sempre no meu coração. Por: Isa Franco AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC AMIZADE DE AMIGO Gosto de rosa em Junho Quando a primavera sorri Gosto de cravos em Maio E amigo, todo o ano gosto de ti. Amigos, amigos é a palavra Que tanto nos deixam saudades Escreve-se com 7 letras Como nunca se esquece a saudade. Se as saudades florissem Como floresce o alecrim O vosso rosto seria Um perfeito jardim. Um dia levantei-me cedo E fui passear pelo campo Até que encontrei as saudades Na flor de um lírio branco. Nada existe mais lindo Nada mais encantador Todos os amigos sorrindo De tanta amizade e amor. Tudo o que tenho na vida Cabe bem na minha mão Com o vosso retrato cortado Em forma de coração. Se o amor se paga com amor Como diz o ditado antigo Meus amiguinhos por favor Façam conta comigo. Quero uma casa onde exista A doce luz da ternura Esta amizade que é chama acesa Na candeia desta aventura. Nestas linhas que vos escrevo Amigos uma verdade vos peço A vos próprios não se enganem Dêem-me a resposta que não conheço. Por: Isa Franco AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC TRÊS ANJOS MUITO ESPECIAIS
Eu tenho três anjos Que olham por mim, Dou-lhes amor e carinho E vivo feliz assim. Nenhum é superior ou inferior, Estão todos em igualdade, É um mundo de paz e amor, Coberto de carinho e amizade. Eles são a minha vida José, Yolanda e Francisco São a razão do meu viver, Quem vive no meu coração. São os anjos deste lar São estes três Anjinhos Que me dão a felicidade De viver rodeado de amor e carinho. Por: Isa Franco AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC Descanso Porque é que de noite É tudo tão claro, tão óbvio? Porque é que as dúvidas Deixam de o ser ? Quando a noite nos abraça Repousam com ela os sonhos O dia que terminou é já véspera, Amanhã é futuro… E o pior já passou! Os ruídos vão-se acalmando E o silêncio desprende-se Das trevas que nos acarinham Fazemdo-nos adormecer E no fim do novo dia que já passou a correr, Chega outra vez a noite As sombras estão de volta E o pior já passou! Até amanhecer Por : Carmen Filomena AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pela SPA- Sociedade Portuguesa de Autores Visita
Quero que me digas amanhã, que nunca me tinhas visto assim: Que minha pele lembra cetim, E os meus olhos, a manhã! E também, que te custou Não me teres procurado ontem! Que foi por orgulho, não por desdém… E por isso o teu coração chorou! Depois … deixa-me a sós, Que eu não me importo que vás, Já ouvi a tua voz! Meu Coração fechou a porta E tem de novo paz. Por : Carmen Filomena AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pela SPA- Sociedade Portuguesa de Autores Uns jogam Outros ensinam Alguns vandalizam A maioria ludibria Poucos estudam Ínfimos descobrem Gananciosos apoderam-se A magia circunda-nos Iludem os mágicos Hipnotizam sábios e bruxos Amantes amam Sofrem decepcionados Felizes os que se libertam O mundo em que vivemos? Não! Muito mais do que isso A realidade é uma decisão. O sonho uma opção! O que sou? Encontra-me sobre, às frases! Pensadores, solucionam e reprovam. Por: Aguinaldo Gonçalves AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC Não fosse a vida, e suas pedras seus ganhos, amor, integridade, meditação, perdão, virtudes, Princípios, valores, consciência, o ser humano! Não existisse, a natureza com sua beleza e imensidão, o equilíbrio, na saudade permaneceria a esperança de uma reencarnação. Não fosse vertebrado coadjuvado por, Deus, ao acaso deveras existiria? Meus temores, tormentos, minhas atitudes errantes, significariam a minha compreensão? Não explorasse, as profundezas, da psiqui rico seria o meu Eu? Explorasse a lato existência, satisfatória seria a minha felicidade? Não fosse meu companheiro, teses, ao esmo defenderia? Indagações despropositadas em, conexão ao multiverso agradável não será o prazer dos oprimidos escolhidos? E gratificante a fusão em posição ínfima da matéria reduzida ao micro nada do pó ao suspiro imenso Aí o galardão, e o prazer em ser humilde e generoso! Por: Aguinaldo Gonçalves AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC Sonhasse
Minha objectividade Alcançasse o cosmos Ad aeternum Nessa intrepidez... Sonhasse para o paladar a saborear seria o ser humano e as sociedades Um tempero a degustar Nossas picantes emoções Salgados pensamentos Convenções coagidas Sonhasse comigo pronto egocentrismo A sonhar connosco Alienações na base Conjunturas na super-estrutura Sonhasse pela Democracia das ideias Qual seria o palco a abraçar? Educação ou um ato encenado? Ser livre é isso? Não mais se não sonhar! Por: Aguinaldo Gonçalves AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC Origem do "Eu" Ai o que as minhas marés me chateiam Quero sempre tudo sem querer nada Ora planeio conquistar o mundo Ora estou pronto a desistir A prova de ser Humano é a coisa que mais me irrita, e a cada vez que levo na tromba um estalo dos meus limitescaio sempre com estrondo a seguir. Precisei de meter os dedos na ficha para sentir a electricidade precisei de mandar o quadro abaixo até acender o primeiro interruptor. Sempre fui um gajo de falhanços, falhanços, falhanços, para vencer a seguir. Descobri que a pedra é mais rija do que eu quando me partiu a cabeça duzentas vezes, as outras vinte foram testes conclusivos. Cair para crescer Sofrer para escrever As vezes acho que sofro o mal do poeta ... Que não sabe mesmo sobre o que escrever. Por: Nuno Almeida AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC Olha para ti, Olha bem para ti, precisas de uma casa gigante, um carro para ti e para os miúdos quando fizerem 18, uma tv gigante na sala, mais 3 ou 4 fininhas espalhadas pelo quarto, milhões de canais e a Sporttv. Uma internet de velocidade nasa, para alimentar os Pc´s de toda a gente, mais o fixo, mais os androids que toda a gente tem, a internet na tv. Precisas de trabalhar mais para chegar a todos os gastos, trabalhas mais horas, vez menos os teus filhos e normalmente arranjas alguém que os ature. Depois eles crescem, frios e sem princípios querem tudo de mão beijada e quando tu fores velho põe-te num lar. Tens uma vida ridícula de trabalho e consumo. Tudo o que compras desactualiza em poucos anos, portanto este ciclo absurdo será sempre o mesmo, mas passas a vida a dizer, "É só uns anos, até equilibrar" A verdade é que nunca equilibras e um dia já não acordas porque estás morto. Valeu a pena? Por: Nuno Almeida AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC Somos todos Aspiradores
Se olhares assim de repente vais ver, Somos todos aspiradoreS. Engole mais uma injustiça e diz-me a seguir Não sentes o pó na barriga? Não sentes o pó a ficar lama, a apodrecer depois dentro de ti? A coisa amaina um bocado com litro e meio de boa vontade Bem Mas se começares a beber da vida, o que de melhor a vida tem, isto melhora um bocado. A lama fica mais mole A vida fica mais forte para ti A raiva adormece de vez em quando Vais te ver a dar por ti, um tanto ou quanto apaixonado As horas passam mais devagar e respirando fundo vais sentir o chão a tremer Uma espécie de leveza que me leva a ti e a mim para um Mundo um pouco melhor. Sei lá Um sítio com mais natureza Mais diversidade uns putos trepando as árvores se chupares o sumo da vida, como uma criança chupa uma laranja "roubada" da árvore fazes quase magia Vais ver que ao longe os pássaros ainda estão para cantar, Aproveita o concerto tu és feliz Pode ser para sempre se quiseres Por: Nuno Almeida AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC ÁFRICA TERRA D’ENCANTOS Terra de sol, mar e encanto, Gente simples, mas unida, Mãe de filhos sem conta, Gritando teu nome bem alto, Espalhados pelo Mundo fora Terra de cheiros diferentes, Desde ao pó molhado pela chuva, Às areias do deserto, Ao sangue rubro das acácias, Ou à maresia das praias sem fim, Na magia do por do sol Terra diluída na mística selva, Rainha e senhora dos tronos, majestosa como o Leão, Forte, arrasadora, qual elefante nas florestas, E sagaz, célere, como o leopardo nas suas caçadas Terra de riquezas tais, Com tochas a arder p’lo petróleo, De tantos minerais, Os diamantes são um deslumbre, Causando a cegueira a tantos homens, Para fazerem de ti, Um campo de batalha sem tréguas Terra querida e amada, Para mim, d’ encantos mil, De todas as raças existe só uma, Pois corre o mesmo sangue nas veias: Vermelho, cor de garra E no Credo, apenas o da Oração África, Um Mundo no Mundo, Como tu não há igual, Mesmo longe estás sempre perto, Bem junto do coração... Por Fátima Porto AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC QUE SAUDADE Deixo os pés deambularem Na minha imaginação, Sobre nuvens de algodão, Que de olhos fechados, Trazem recordações Abraço-as, Sentindo o cheiro do calor, Como a chuva que molha o rosto, Diluindo o sal da Saudade Oh memórias que não se esvaem, Causadas pela distância, Onde fragrâncias das acácias brotam, Serenando o longo caminho da Vida Mas o coração bate forte, Ao saborear tal nostalgia, Que abafa gritos, Esventrando dores, Porém, é suavizado no sabor do melaço Ah minha Terra, Terra nossa, De tantos, espalhados pelo Mundo, Onde as tuas fortes raízes, Há seiva de todos nós, E o seu sangue derramado Mas a tristeza é tanta, Que desabafo ao mar, segredos meus, Para aí chegarem, Pois a Felicidade reside longe, E encontra-se na Terra onde nasci Mas um dia hei-de voltar, Porque o tempo não se mede, Tem apenas a importância D’uma Saudade sem fim... Por Fátima Porto AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC TERRA MÃE
Nasci com um fardo pesado Sem berço Apenas uma terra esventrada Que tirou a infância E pôs tristeza nos olhos Meu pensamento voa Num grito no meio da multidão Em terra que se perde no infinito Mas sento-me cansada Por quê? Para quê? Dá-me a cheirar as acácias rubras O sabor acre dos tambarinos Nuvens que caíam no chão Nas plantações de algodão Delícias d’um banho numa cachoeira Mas apenas sinto pó de dor Numa chuva de esperança Minha Terra Minha Mãe Eu vou crescer Eu sou Grande… Por Fátima Porto AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC Solidariedade É cómodo ajudar quem não precisa E ter a sensação de se ser bom! Nunca ter de “ despir a camisa”, Nem quebrar regras de “ bom tom”, A vida é uma comédia permanente!... Ajudando os pobres que o não são, Esquece-se quem precisa realmente E mantém-se intacta a ilusão… Quem sofre, quem chora, incomoda… Mostrar a sua dor não é decente! “Cada um no seu lugar” é que está certo. E a vida continua mornamente ... Por : Carmen Filomena AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pela SPA- Sociedade Portuguesa de Autores Encontro Hoje vou procurar-te ! Vou ter contigo, meu amor! Vem! Não tenhas receio… Tu não precisas de falar, Mas deixa-me olhar-te, Beijar-te, se me apetecer… ( E eu sei que me vai apetecer! ) E nessa altura, meu amor, Responde a esse desejo Com o calor que eu sei Que és capaz de me oferecer! Por : Carmen Filomena AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pela SPA- Sociedade Portuguesa de Autores Contradição Penso em ti.
Não penso senão em ti. Só penso em ti. É… é uma obsessão!... Mas,se por um instante Desvio o meu pensamento, Obrigo-me a pedir-te perdão! E digo-me que não é amor Isto que eu sinto! Então … porquê Este só me sentir bem Quando te pressinto. Quando me parece sentir o teu cheiro? Este desejo de ter-te todo inteiro, Sem que um átomo nos separe… E, afinal, recusar a aproximação?!!! Não é amor, não É uma contradição Por : Carmen Filomena AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pela SPA- Sociedade Portuguesa de Autores |
AutorAs " Crónicas De Fim De Semana",são publicações feitas aos fins de semana, de Belos Poemas textos que filhos da terra nos enviam.... Crónicas Fim de Semana
Cliquem no titulo da Crónica que Desejarem ler ,ou pelo nº da sua Edição que ela abrirá e Deliciem-se ... Crónicas Fim de Semana
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