"Gabela"
Sede do Município de Amboim, na Província do Kuanza-Sul, foi elevada à categoria de Cidade a 28 de Setembro do ano de 1907 .
A Gabela é dominada pelo verdejante morro do Cruzeiro, onde permanece um velho fortim colonial português, fornecendo ainda, na estrada que lhe dá acesso, o espectáculo natural
das quedas de água de Binga, no rio Keve.
Foi até aos anos 70 uma das mais prósperas terras angolanas com as suas plantações de café, que chegou a ter títulos de um dos melhores do mundo, e floresciam em fazendas agrícolas constituindo verdadeiras povoações – propriedades da então toda-poderosa Companhia Angolana de Agricultura (C.A.D.A.).
Nos arredores da Gabela, a escassos sete quilómetros, situa-se a pequena "Vila Privada" Boa Entrada, antiga sede da companhia CADA, que devido à produção do café (agora abandonado e seco pelo tempo) era bafejada pelo Caminho de ferro do
Amboim (C.F.A.), construído entre 1923 a 1941, com os comboios a fazerem o transporte do fruto até Porto Amboim, no litoral (antes era escoado por caravanas de nativos), com destino à Holanda, Bélgica, Inglaterra e Estados Unidos. Mas, segundo registos históricos, o objectivo inicial dos colonos portugueses não era o café, pois os dois primeiros homens brancos a chegarem à região em 1888,provenientes de Porto Amboim, tinham como objectivo abrir uma empresa
de comércio de tecido, cera, marfim e borracha.
Posteriormente, comerciantes, missionários e militares portugueses apropriaram-se das plantações de café dos nativos da região, tornando-se em novos proprietários, o que provocou várias e grandes revoltas. Reza a história que a primeira
revolta aconteceu em 1893, quando foram queimadas Fazendas de café e envenenados os patrões. As outras registaram-se de 1895 a 1896 e em 1917, o que obrigou grande parte dos portugueses a refugiar-se em Porto Amboim.
Perante a queixa dos colonos de inércia do Governo português face à denominada “fúria dos indígenas”, intervenções militares conseguiram conter as revoltas, permitindo que Norton de Matos, duas vezes governador de Angola
(1912/1915 e 1921/1923) abrisse estradas utilizando mão-de obra indígena a golpes de enxadas, catanas e picaretas e edificasse a vila Boa Entrada ,sede do município de Amboim, na província do Kuanza Sul.
Descrições apaixonadas descrevem: “Boa Entrada C.A.D.A. era a
menina dos olhos do Amboim-Gabela. Com as suas vivendas construídas à moda californiana, os seus bairros bem
ordenados urbanisticamente: bairro residencial para quadros superiores, bairro dos operários, hospital, clube, piscina, cine, biblioteca, campo de futebol, tiro aos pombos, barragem eléctrica própria... Enfim, era aquele paraíso
onde se podia viver e morrer sem necessidade de ir à cata de novos céus !!
As descrições acrescentam: “Não foi por acaso que o poeta Agostinho Neto lá foi... talvez para aflorar com a sua poderosa pena de escritor os céus ali tão pertinhos!”. Hoje em dia,os céus já não estarão tão pertinhos, pois a terra já não oferece o espectáculo deslumbrante do café em flor, pelo facto de ter sido bastante atingida pela calamidade da guerra.
Aliás aquela região, na ponte sobre o rio Keve, na estrada Quibala – Gabela, foi palco de uma das batalhas mais pesadas da guerra, onde foi travado o avanço das forças invasoras do então regime sul-africano.
Hoje em dia, vêem-se os cerca de 150 mil habitantes da Gabela, a 95 quilómetros do Sumbe (capital provincial) a dedicarem-se à agricultura de subsistência e à revenda de vários produtos, mas com engajamento das autoridades na
revitalização da produção do café com o apoio do Instituto Nacional do Café, introduzem-se novas espécies e melhoram-se os viveiros, no sentido de
contribuir para que Angola regresse à condição de quarto produtor mundial do bago vermelho e para que o colorido das suas flores volte a alegrar a sua paisagem e delicie os visitantes, que dispõem de uma estrada em boas condições e
permite uma viagem em poucas horas.
Pelo caminho, depois do Sumbe, o visitante deliciar-se-á com a Cachoeira do Binga, no Rio Keve, onde poderá relaxar num pequeno parque junto às quedas de água, com ressaltos que provocam um mar de espuma branca, num cenário
dominado pelo verde da vegetação nas margens do rio.
Já dentro da cidade, a visão concentra-se no Morro do Cruzeiro (ou Catengue), que domina toda a cidade, onde o que prende as atenções é um fortim, onde os portugueses ter-se-ão abrigado na sequência da “fúria dos indígenas” de
1917, antes da fuga para Porto Amboim.
Existem pelo menos duas versões acerca da origem do nome Gabela. Segundo soubemos durante a nossa visita àquela cidade, uma dessas versões assenta no facto de os dois primeiros colonos portugueses que chegaram à área terem lá
encontrado uma velha mulher chamada N’Guebela. Terão sido os portugueses Ernesto da Silva Melo e António do Couto que, em 1888, perguntaram pelo nome do local, ao que a velha deu o seu próprio nome, por falta de entendimento.
A outra versão sustenta que o nome provém do morro do Catengue, actual morro do Cruzeiro, onde ter-se-á escondido o Soba (chefe tribal) fugindo da perseguição do homem branco. Conforme soubemos, a palavra N’Guebela significa “refúgio” ou “esquiva”, e teria sido no morro onde o Soba se “esquivara” da perseguição.
O nome "Amboim" hoje do município, vem do povo "Mboim",nome dos nativos daquela região que por serem um povo pacifico significa Muita PAZ !!
NGA SAKIRILA KINENE !! (Muito Obrigado)
MBOIM !! (Muita PAZ)
A Gabela é dominada pelo verdejante morro do Cruzeiro, onde permanece um velho fortim colonial português, fornecendo ainda, na estrada que lhe dá acesso, o espectáculo natural
das quedas de água de Binga, no rio Keve.
Foi até aos anos 70 uma das mais prósperas terras angolanas com as suas plantações de café, que chegou a ter títulos de um dos melhores do mundo, e floresciam em fazendas agrícolas constituindo verdadeiras povoações – propriedades da então toda-poderosa Companhia Angolana de Agricultura (C.A.D.A.).
Nos arredores da Gabela, a escassos sete quilómetros, situa-se a pequena "Vila Privada" Boa Entrada, antiga sede da companhia CADA, que devido à produção do café (agora abandonado e seco pelo tempo) era bafejada pelo Caminho de ferro do
Amboim (C.F.A.), construído entre 1923 a 1941, com os comboios a fazerem o transporte do fruto até Porto Amboim, no litoral (antes era escoado por caravanas de nativos), com destino à Holanda, Bélgica, Inglaterra e Estados Unidos. Mas, segundo registos históricos, o objectivo inicial dos colonos portugueses não era o café, pois os dois primeiros homens brancos a chegarem à região em 1888,provenientes de Porto Amboim, tinham como objectivo abrir uma empresa
de comércio de tecido, cera, marfim e borracha.
Posteriormente, comerciantes, missionários e militares portugueses apropriaram-se das plantações de café dos nativos da região, tornando-se em novos proprietários, o que provocou várias e grandes revoltas. Reza a história que a primeira
revolta aconteceu em 1893, quando foram queimadas Fazendas de café e envenenados os patrões. As outras registaram-se de 1895 a 1896 e em 1917, o que obrigou grande parte dos portugueses a refugiar-se em Porto Amboim.
Perante a queixa dos colonos de inércia do Governo português face à denominada “fúria dos indígenas”, intervenções militares conseguiram conter as revoltas, permitindo que Norton de Matos, duas vezes governador de Angola
(1912/1915 e 1921/1923) abrisse estradas utilizando mão-de obra indígena a golpes de enxadas, catanas e picaretas e edificasse a vila Boa Entrada ,sede do município de Amboim, na província do Kuanza Sul.
Descrições apaixonadas descrevem: “Boa Entrada C.A.D.A. era a
menina dos olhos do Amboim-Gabela. Com as suas vivendas construídas à moda californiana, os seus bairros bem
ordenados urbanisticamente: bairro residencial para quadros superiores, bairro dos operários, hospital, clube, piscina, cine, biblioteca, campo de futebol, tiro aos pombos, barragem eléctrica própria... Enfim, era aquele paraíso
onde se podia viver e morrer sem necessidade de ir à cata de novos céus !!
As descrições acrescentam: “Não foi por acaso que o poeta Agostinho Neto lá foi... talvez para aflorar com a sua poderosa pena de escritor os céus ali tão pertinhos!”. Hoje em dia,os céus já não estarão tão pertinhos, pois a terra já não oferece o espectáculo deslumbrante do café em flor, pelo facto de ter sido bastante atingida pela calamidade da guerra.
Aliás aquela região, na ponte sobre o rio Keve, na estrada Quibala – Gabela, foi palco de uma das batalhas mais pesadas da guerra, onde foi travado o avanço das forças invasoras do então regime sul-africano.
Hoje em dia, vêem-se os cerca de 150 mil habitantes da Gabela, a 95 quilómetros do Sumbe (capital provincial) a dedicarem-se à agricultura de subsistência e à revenda de vários produtos, mas com engajamento das autoridades na
revitalização da produção do café com o apoio do Instituto Nacional do Café, introduzem-se novas espécies e melhoram-se os viveiros, no sentido de
contribuir para que Angola regresse à condição de quarto produtor mundial do bago vermelho e para que o colorido das suas flores volte a alegrar a sua paisagem e delicie os visitantes, que dispõem de uma estrada em boas condições e
permite uma viagem em poucas horas.
Pelo caminho, depois do Sumbe, o visitante deliciar-se-á com a Cachoeira do Binga, no Rio Keve, onde poderá relaxar num pequeno parque junto às quedas de água, com ressaltos que provocam um mar de espuma branca, num cenário
dominado pelo verde da vegetação nas margens do rio.
Já dentro da cidade, a visão concentra-se no Morro do Cruzeiro (ou Catengue), que domina toda a cidade, onde o que prende as atenções é um fortim, onde os portugueses ter-se-ão abrigado na sequência da “fúria dos indígenas” de
1917, antes da fuga para Porto Amboim.
Existem pelo menos duas versões acerca da origem do nome Gabela. Segundo soubemos durante a nossa visita àquela cidade, uma dessas versões assenta no facto de os dois primeiros colonos portugueses que chegaram à área terem lá
encontrado uma velha mulher chamada N’Guebela. Terão sido os portugueses Ernesto da Silva Melo e António do Couto que, em 1888, perguntaram pelo nome do local, ao que a velha deu o seu próprio nome, por falta de entendimento.
A outra versão sustenta que o nome provém do morro do Catengue, actual morro do Cruzeiro, onde ter-se-á escondido o Soba (chefe tribal) fugindo da perseguição do homem branco. Conforme soubemos, a palavra N’Guebela significa “refúgio” ou “esquiva”, e teria sido no morro onde o Soba se “esquivara” da perseguição.
O nome "Amboim" hoje do município, vem do povo "Mboim",nome dos nativos daquela região que por serem um povo pacifico significa Muita PAZ !!
NGA SAKIRILA KINENE !! (Muito Obrigado)
MBOIM !! (Muita PAZ)
GABELA 2016
Cacimbo Gabela
Fotografias Facultadas com a Amabilidade dos nossos Grandes Amigos e Colaboradores Fernando Sacomboio e Lito Pimentel.
O nosso muito Obrigada em nome de Toda a Comunidade do Amboim
Fotografias Facultadas com a Amabilidade dos nossos Grandes Amigos e Colaboradores Fernando Sacomboio e Lito Pimentel.
O nosso muito Obrigada em nome de Toda a Comunidade do Amboim
Gabela 2015
Gabela Hoje
"Gabela"
"Gabela"
Aviso - Galeria de Belas fotografias ,reservada com direitos de Autor !
Aos associados queremos que saibam que este álbum está publicado na nossa Extensão,Grupo da "Comunidade do Amboim" no Facebook e que todos dias cresce assim como os restantes álbuns das outras localidades....
Aos interessados em Adicionar-se ao nosso "Grupo da Comunidade" ,sugerimos que vistem todo o Site e no fim se Desejarem cliquem no Botão "Inscreve-te" acessem á página da inscrição,preencham o formulário,mas antes leiam com atenção toda a informação nesta página e depois de preenchida a Inscrição, serão imediatamente Adicionados ao Grupo da nossa Comunidade...
BEM HAJAM !
Obrigado.
Filmado em 3 locais de actuação dos Leigos Boa Nova (Pemba - Moçambique, "GABELA-ANGOLA" e Chapadinha Brasil), este vídeo, realizado pela Logomédia, mostra o dia-a-dia dos voluntários missionários dos Leigos Boa Nova.
"Viagem Sumbe- Gabela- 2012"
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