Com Poemas de Augusto Rebola, Fátima Porto
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"Cafezais da Boa Entrada"
Cafezais da Boa Entrada hortas de olhar sem fim com o cacimbo regadas por tantas mãos aparadas espelho do Amboim Deslizaram-me entre as mãos os bagos com cafeína que tantos sois tostaram que tantos homens gradaram bagos de suor por cima. Nessas bagas de café e em soberbos bananais tinhas-nos,Angola a teus pés vergados pela timidez de que espanto era demais... Mas digam qual o mortal que sem ver imaginasse que fora do nosso torrão houvesse outra imensidão que a esta se igualsse ? Porque tu,Angola és única em rica composição quer de montes,quer de vales quer de saúde ou de males, não há mais comparação... Terra da minha amizade, Terra da minha saudade gente de um Amor profundo. Se houver justiça perfeita voltarás sã e escorreita ao maior lugar do Mundo. Foste riscada a suor em tiras de longo asfalto. Foste lavrada,arada, adubada e regada com ondas de sobressalto de semedadores de ilusões, semente de terra bravia. Quem com sangue te regou com a mão esquerda te esganou, com a direita benzia, de tudo um pouco te deu do temor á ambição. Também te deixou amor que outros viraram terror para esta geração. ANGOLA como eu te vi !! ANGOLA quanto te dei !! Troquei tudo por saudade iludida em liberdade que não vejo,nem verei... De: Augusto Rebola AVISO - Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC. |
"Amanhã cedinho"
Amanhã cedinho vamos ao monte ver o sol nascer. Vamos de mão dada olhar a luz que nos há-de encher o rosto de alegria... E depois... depois descer enquanto ele sobe mais... Queremo-lo ver no ponto do meio dia e cheio de esplendor reflectir em nós a força do Criador, que de paz e amor nos extasia e torna alegre a vida. E, quando ele descer até ao ocaso, fiquemos enlaçados em jeito de amor que nos encha de paz a alma, e de calma como á terra faz com seu calor... De: Augusto Rebola - Faro 1983 AVISO-Estes escritos ,estão registados e protegidos pelo IGAC. |
"O Vento ao Leme"
Em meu barco, solitário sulco o mar em meu veleiro. Se o vento dá de feição seguro o leme na mão e o vento é meu timoneiro. Sopra-lhe o vento nas velas com seus gemidos e ais, oiço-o no coração e com vento de feição o meu veleiro anda mais... Deixa atrás um sulco esguio de águas que em se encontrando fecham o arco da vida e deixam na linha perdida meu mundo de desengano. Colo-lhe ao casco o ouvido e escuto o roçar brejeiro, e enquanto durmo da vida sou outra águia perdida e o vento é meu timoneiro... e sonho amores perdidos outros mais, desencontrados. Com o leme inda na mão e o vento a dar de feição invento sonhos alados que voam sem descansar e poisam nos corações onde em tempos já passados meus sonhos foram amados... e voltam cheios de ilusões!!! De Augusto Rebola AVISO-Estes escritos ,estão registados e protegidos pelo IGAC. |
ESCREVO
Palavras que sinto E que não digo, Sentimentos tidos Mas contidos, Um olhar na distância Para que se transforme em perto Ah escrevo, Porque minha alma grita sem eco, Como no sótão da vida, Pois em segredo ficam Lamentos esquecidos, Feridas “tapadas” Escrevo, Em boca calada Mas olhar atento, Páginas serenas, Como brisas que passam, Em saudades da vida Que matam o peito Escrevo, Porque me corre sangue nas veias, De uma família que escreve também, Deixando-me por herança, Nem jóias, nem fortunas, Mas o saber e gosto d’escrever… De: Fátima Porto - In “ecos d’alma” AVISO-Estes escritos ,estão registados e protegidos pelo IGAC. |
TEMPO E ESCRITA
Tempos acham-se amarrotados, Esquecidos, Mas vão passando ligeiros Como letras mal escritas, Sem pontos nem vírgulas Folhas amarelecidas Que viajam nos ventos da idade, Carregando memórias, Em minutos mal traçados Alteraram-se horas P’las folhas ainda em branco, Numa vida inquieta, Ansiada e prevista, Mas nunca destruída… De: Fátima Porto AVISO-Estes escritos ,estão registados e protegidos pelo IGAC. |
DESEJO
Desejo de querer, De vontades, Sentindo tua presença Desejo de beijos, De um olhar consentido No teu abraço Desejos de ter-te Colado a mim, No vibrar da paixão Desejo de ouvir Em doces murmúrios, Calar minha boca Desejos no tempo, Sem noites nem dias, Numa demora sem prazo Desejo de nós Em silêncios calados E … no amor desnudados… De: Fátima Porto AVISO-Estes escritos ,estão registados e protegidos pelo IGAC. |
PRIMAVERA CHEGOU
A Primavera chegou Como sempre maravilhosa Bela e formosa Enfeitou e encantou Campos floridos Ambiente colorido Exalando aromas versáteis E odores voláteis Esvoaçam alegres pássaros Cantando louvores ao criador Pelas campinas e prados Batem as asas lindas borboletas A Primavera chegou, Chuvosa, fria e ventosa Com um sol envergonhado Chegou bera, exuberante e vaidosa De: Carla Couceiro - 29/03/15 AAVISO-Estes escritos ,estão registados e protegidos pelo IGAC. |
SERENA
Serena um pouco Assenta-te a meus pés Escuta a minha voz A penetrar em tua sé Tanta inquietude, tanto cirandar Num vai e vem sem cessar Diante de ti está a virtude Não retardes em a alcançar Sossega esse teu vendaval Dentro de ti mesmo Que adiante vai a luz eternal A iluminar o teu activismo Aquieta-te na presença do teu Rei Aquele que aplaca a ira do mar Escreve dentro de ti a sua lei Para a tua tormenta apaziguar Serena nos braços do teu salvador Pelo teu dia fora ou tua noite dentro Reclinada no regaço do teu Redentor Afaga-te a mão que acalma o mar Serena melodia, ouvirás tocar Dentro do teu ser em silêncio No silêncio do tempo a debruçar Sobre vespertino prenúncio propício De: Carla Couceiro -25/01/16 AVISO-Estes escritos ,estão registados e protegidos pelo IGAC. |
MINHA CAMINHADA
Olhando minha caminhada, Parece-me cansativa e alongada, Tortuosa, árdua e perigosa Fixo ao longe o olhar Avisto Jesus, no final dela De braços abertos, ajudar A enviar-me o Consolador Que envolve todo o meu ser Para eu vencer Olhando este caminho, Parece-me estreito e interminável, Alto, difícil e inacessível Mas meu Mestre Está no final dele A ajudar-me a obedecer Centrando o olhar mais além Vejo sua meta E meu Jesus nela Paciente e leal Movendo este ser integral A ajudar a minha escolha A esforçar o meu insistir A encorajar o meu persistir A animar-me para prosseguir A impulsionar a minha chegada Orando e chorando, Gemendo e cantando, Sorrindo e trabalhando Sigo nesta caminhada Olhando o final dela Onde Jesus me aguarda Para me abraçar E com ósculo santo Me beijar De: Carla Couceiro - 10/01/2014 AVISO-Estes escritos ,estão registados e protegidos pelo IGAC. |
ANGOLANA
Fervilha nas veias Ao som dos batuques, Em sabor do óleo a escorrer No pirão e peixe seco, Num corpo torneado de mulher Marimbas e kissanjes, Ouvem-se Através da lua mensageira, De Norte a Sul Numa Terra grande É com cheiro ao café Em nuvens de algodão, Saias de sisal No baloiço das cinturas, Quando o pó do terreiro se levanta Com o bater cadenciado dos pés As cores vivas de missangas Misturam-se, Nos panos que cobrem teus seios, Deixando pulsar um coração Na voz da cantiga d’um Povo... Por: Fátima Porto Escritos protegidos pelo IGAC |
NÃO SOU MIRAGEM
Não sou miragem Ou um espelho virtual Nesta vida Quero ser real Sou de carna e osso Sou carnal Não sou nada especial Tenho desejos Sensações Sentimentos E emoções E amor para dar e receber Sou talvez Um pouco espiritual Não quero ser Uma vertigem Neste deserto De alucinações Nem rosa depositada Numa janela simulada Quero ser eu Como sou Mulher completa Realizada Mãe e avó Não sou miragem Sou real Por: Carla Couceiro (30/05/2013) Escritos protegidos pelo IGAC |
MULHER SIMPLES
Descompliquem o que nada há de complicado no simples corpo de uma Mulher Na sua nudez, nos seus afagos carícias, faz criar desejos, quereres e vontades Um voar na louca imaginação onde beijos que línguas que se trocam se envolvem, Num deslizar na pele suave com perfume de rosa Estimula sentidos com respiração que acelera Um despertar voraz de fera Mas com suavidade de quem não quer perder Cada sonho tido Até se tornar realidade Esta mulher é simples, é natural... Por: Fátima Porto Escritos protegidos pelo IGAC |
SIMPLESMENTE MULHER Sou poesia Sou musa Sou melodia Sou verso Quadra, soneto ou fantasia Sou tudo o que dizes ser Sou simplesmente mulher Sou um ente que não quero ter Reduzida existência à mente De um homem que me quer inventar Sou tua inspiração Ou sedução Sou tudo nessa ilusão E aceito-o ser Onde não me quero envolver Tu, a coroa da criação Eu, a sua perfeição Sou um oásis Nessa tua perdição Perdão! É minha forma de escrever Amo a vida Amo o ser Como uma dádiva Do céu Nessa graça de Deus Quero viver Com prazer De ser simplesmente mulher Por: Carla Couceiro (30/05/2013) Escritos protegidos pelo IG |
"Alusão ao Dia da Mulher Africana"
ÁFRICA TERRA D’ENCANTOS
Terra de sol, mar e encanto, Gente simples, mas unida, Mãe de filhos sem conta, Gritando teu nome bem alto, Espalhados pelo Mundo fora Terra de cheiros diferentes, Desde ao pó molhado pela chuva, Às areias do deserto, Ao sangue rubro das acácias, Ou à maresia das praias sem fim, Na magia do por do sol Terra diluída na mística selva, Rainha e senhora dos tronos, majestosa como o Leão, Forte, arrasadora, qual elefante nas florestas, E sagaz, célere, como o leopardo nas suas caçadas Terra de riquezas tais, Com tochas a arder p’lo petróleo, De tantos minerais, Os diamantes são um deslumbre, Causando a cegueira a tantos homens, Para fazerem de ti, Um campo de batalha sem tréguas Terra querida e amada, Para mim, d’encantos mil, De todas as raças existe só uma, Pois corre o mesmo sangue nas veias: Vermelho, cor de garra E no Credo, apenas o da Oração África, Um Mundo no Mundo, Como tu não há igual, Mesmo longe estás sempre perto, Bem junto do coração... Por: Fátima Porto Escritos protegidos pelo IGAC |
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ROSA DE PORCELANA
Sou como uma rosa de porcelana Exposta ao calor, ao vento e ao frio Para embelezar as manhãs Alegrar as tardes E sombrear as noites Tenho no meu corpo A alma de África Na voz o canto de Angola Na anca a ginga Como uma cana ao vento Nos lábios os seus sabores Nas veias sangue de rainha No coração um muata Nos pés e nas mãos Uma herança de escrava Trajo saia de pétalas De rosas de porcelana Ostento uma coroa de diamantes Empunho um ceptro de ouro Exibo um sorriso de marfim Sentada num trono de rubim Entre acácias rubras e capim Plantado no meio de um jardim. Num mundo de monarcas Sou uma rosa de porcelana Especada à beira do Atlântico Por: Carla Couceiro 08/09/14 Escritos protegidos pelo IGAC |
Mulher Africana
De corpo esguio,de mulher selvagem, De olhar guerreiro,que transporta a imagem, Qual alma natura,de beleza envão, Transportas amor,encanto,sedução... És um poema divino,misturas as cores Enrolas teu corpo que o homem compôs... Sorriso tão quente ,entonteces a vida, Qual música bela,semente despida... À noite o soba,vem-te decompor Pintando teus lábios,lavando os desvios Desse teu corpo,desvio poente.... És poeira do morro,semente no ventre, Engoles ternuras de muita macumba, Entranças cabelos,fingindo que amas, Mulher africana,força de leão, Fazes batucadas, plena perfeição... És bela por dentro,que Deus te criou, Entre o pôr-do-sol, qual linha pintou, Mulher africana no seu esplendor, Cantata da vida,fervura no amor, No oásis nascida,sinfonia em flor.... Por: Lena Contins Escritos protegidos pelo IGAC |
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Mulher Africana
Linda letra é um M Com um U acompanhado Escreve-se a linda palavra MULHERES de força e coração. Numa casa onde exista A doce luz da ternura Este dia que é chama acesa Na candeia desta aventura. Ao longe cantando no espaço Vai um bando de andorinhas Vai levar a minha amizade A todas as mulheres africanas. Houve-se dizer todos os dias Que muitas são mal tratadas Não imaginas a tristeza Do meu coração tão triste. Assim fecho esta carta Com angústia no coração, Para as mulheres que tantas são Um dia Feliz no vosso coração. |
QUERO-TE
Quero-te sentir junto a mim Tristezas transformadas em sorrisos Num caminhar lado a lado Entre vales e planícies De beijos e abraços Quero-te pelo que és No profundo do teu ser À distância no presente e aqui Olhando e sentindo as palavras não ditas Quero-te amar ao pôr-do-sol à tardinha Numa praia em que o mar bate ligeiro Onde a brisa amena despenteia nossos cabelos E nos faz aconchegar ainda mais Quero-te no silêncio da noite Quando os corações batem acelerados Dizendo que é pouco, porque queremos mais Mais…muito mais do nosso querer Quero-te, não Queremo-nos muito… Por: Fátima Porto Escritos protegidos pelo IGAC Obs: Para quem queira adquirir o Livro “Ecos d’Alma” de Fátima Porto ,contactem-nos abaixo na caixa de mensagens privadas |
QUE SAUDADES
Tarde triste A chegar ao fim Faz-me recordar Que saudade Abro a janela Depois da tempestade E eu aqui só No silêncio e na distância Que saudade Olho o infinito Na noite escura Querendo tua presença Um abraço meigo Que saudade Procuro a luz Dos teus olhos em mim Que ilumine nossas almas E o ondular do mar Se espraie com o amor Que saudades…. Por: Fátima Porto Escritos protegidos pelo IGAC Obs: Para quem queira adquirir o Livro “Ecos d’Alma” de Fátima Porto ,contactem-nos abaixo na caixa de mensagens privadas |
DESEJO NA PAIXÃO
Palavras jogadas ao vento Juras de amor rasgadas à Lua... As páginas do meu livro estão em branco Tempera tua pena com a tinta da paixão E começa a escrever tua história em mim Deixa tuas marcas em minha vida Rasga os rascunhos, e escreve definitivamente Perde-te e encontra-te nas curvas do meu corpo Delicia-te com meus sabores, experimenta-me e pede bis Vicia-te em meu mel, sacia tua sede em minha pele Realiza teus sonhos e teus desejos mais secretos... Fecha teus olhos, Sente a brisa que te toca suavemente Sou eu acariciando-te, Disfarçando a saudade... Sente o aroma do desejo pairando no ar Ultrapassa as fronteiras que distanciam nossos olhos E vem saciar o meu desejo de ti Essa sede louca de te amar... Nossos corpos se tornando apenas um, Como se nunca tivessem sido separados... Trocamos beijos, carícias, fluidos Sussurros, com palavras de amor Agimos delirantes, E o atrito de nossos corpos, Parecem tornados arrasando cidades... Quero-te, Quero-te amar loucamente, Incessantemente, sem limites, Quebrando tabus, sem pudor... Quero fazer amor contigo, à luz do luar, Nas areias do mar, nas nuvens Fazer-te conhecer um mundo diferente O meu mundo O nosso mundo Chamado Amor... Por: Fátima Porto Escritos protegidos pelo IGAC Obs: Para quem queira adquirir o Livro “Ecos d’Alma” de Fátima Porto ,contactem-nos abaixo na caixa de mensagens privadas |
ALGURES…
Se um dia Nos cruzarmos Pela primeira vez Não importa Em que parte do Universo Longe Perto... Ou mesmo Ao virar de uma esquina Não falaremos Nossos olhos o farão E nosso desejo Se encantará Por nós Queremo-nos Em silêncio Nas noites frias De solidão Sonhando baixinho O envolver quente De nossos corpos Em tons suaves De melodias Estando Eu em ti e tu em mim Sendo um corpo só Não importa onde Mesmo sendo Algures… Por: Fátima Porto Escritos protegidos pelo IGAC Obs: Para quem queira adquirir o Livro “Ecos d’Alma” de Fátima Porto ,contactem-nos abaixo na caixa de mensagens privadas |
Tenho Saudades Tenho saudades, de ti,de mim da tua pele suave de teu perfume , "Jasmim". da terra onde nasci, do calor,do brando mar tenho sede do que vivi e do que ficou por amar... Tenho saudades da mórbida lua-gigante do cheiro do meu capim, do jacaré,do catuiti, da múkua do algodão do sisal, da flôr linda do meu quintal.... Tenho saudades, da linda côr dos teus olhos do verde,da côr do mar e do azul para me encantar! Abro as portas ao coração e África está mesmo ali, plantada com emoção de tanta beleza que eu colhi... Ai,....tenho saudades AMOR, do teu toque,das cachoeiras da maresia,da goiabeira, do farfalhar de uma mangueira, do elefante,da hiena tão sorrateira.... Tenho saudades, da partida e da chegada da "viuvinha" encantada do areal,lá no "Binga" da beleza do cafeeiro, da tua pele morena tua carapinha,teu sorrir Oh,minha Angola esculpida.... Qual pôr-do-sol,para vir.... Tenho saudades de ti,AMOR, minha raíz, meu beija-flôr , minha alma,sêde em mim. tenho Saudades de ti,.. Por : Lena Contins Escritos protegidos pelo IGAC |
"Lamentações" Tantas lamentações.... Quando o perigo não espreita, São vendavais de emoções Que no teu peito te enfeita. São súplicas desavindas De quem não conhece o outrora São cantatas despidas Da tua alma que implora. Não te lamentes,nada vale.... Pois o mundo te rodeia E não é para teu mal. Por : Lena Contins Escritos protegidos pelo IGAC |
"Súplica" Na alvorada branca e resplandecente Desceste Tu,Infinito Amor da Cruz Divina, Tuas mãos e pés rasgados de sofrimento Por Amor aos homens,Tu o fizeste outrora,um dia... Cruz Divina,Cordeiro Imaculado, Flor colorida num peito manchado... És fruto esmerado na ramagem da vida, És um Cristo dourado que ama e não finda... Meu Cristo,Senhor A ti imploro com guerras de Amor, Que apagues do mundo o ódio dos homens E que vivam de amor a esperança de um dia, Te encontrar,meu Senhor! Infinito Amor,olhar dócil por Ti eu espero, Na Cruz Redentora sem chagas de dor, Onde brilha a Luz de uma espiga dourada, Procurando encontrar-Te,meu Cristo Senhor... Por : Lena Contins Escritos protegidos pelo IGAC |
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SE… Se ouvires dizer que não te amo, Que deixaste um vazio, Uma solidão sem ter fim, E que não sei se ainda existo Ou se vagueio em mim Se te disserem que sorrio Trazendo alegria no olhar, Não acredites Em contos falsos Que nos fazem magoar Se olhares para o espelho E vires a minha imagem refletida, É a vontade que fala por nós Numa paixão maior Se amanhã sentires a cama vazia E ao calor do abraço Um arrepio na pele, Sou eu, sussurrando ao ouvido Palavras caladas e doces Ditas p’lo coração… Por: Fátima Porto Escritos protegidos pelo IGAC |
PORQUE CHORAS TERRA MINHA Porque choras minha terra De alma cheia Em lágrimas de Cabinda ao Cunene Porque choras Deixando soltar o cheiro Das acácias rubras Porque choras Com teu sabor acre-doce Da mukua e dos tambarinos Porque choras Quando se ouve o batuque ao longe Misturado com kissange e marimbas Porque choras Abafando os teus gritos de dor Em mãos postas numa oração Oh minha terra saudosa Como eu choro contigo Das lembranças que minh’alma guarda… Por: Fátima Porto Escritos protegidos pelo IGAC |
LÁGRIMAS DE SILÊNCIO Cruzo os braços Para abafar meu grito Enquanto lágrimas rolam No silêncio da minha solidão Olho para o vazio À procura de tudo, Mas a forma é um eco fútil Pior que o sal que escorre pelo rosto Calo para não ser entendido Num canto qualquer, Pois mesmo doendo o coração Deixo as palavras caírem E secarem Porque limpar Tudo o que os meus olhos falam? E em silêncio Deixo meus braços cruzados Às lágrimas de tristeza … Por: Fátima Porto Escritos protegidos pelo IGAC |
CALOR AO PÔR-DO-SOL Vejo-te Em raios quentes Do sol que se vai escondendo, À tardinha, Pois a imaginação voa De tanta saudade, que dói Queria fechar os olhos Conceber teu calor Numa praia, Ao pôr-do-sol, Teus raios envolvendo Como fosse um abraço Mas oh tristeza minha, Angústia de minha alma, O calor que sentia Era eu que me abraçava Sonhava estar na praia Da terra que me viu nascer Por: Fátima Porto Escritos protegidos pelo IGAC |
PALAVRAS PARA ANGOLA Vou até ti Minha Terra Em aviões de imaginação Recordações de juventude Que trazem saudades Dos dias vividos E emoções sentidas Mando-te palavras d’alma Com a beleza das acácias Também a lágrimas empoeiradas P’la terra vermelha crestada Mando-te palavras do coração Com a doçura das frutas E dos cheiros Que fechando os olhos, ainda sinto Mando-te palavras d’um abraço Forte e imenso Como se meus braços fossem, os ramos Do velho imbondeiro à beira do caminho Para ti, minha Angola Mando-te palavras de calor Como o por do sol à tardinha Numa praia qualquer…. Por: Fátima Porto Escritos protegidos pelo IGAC |
Autor
As " Crónicas De Fim De Semana",são publicações feitas aos fins de semana, de Belos Poemas textos que filhos da terra nos enviam....
Envia também o teu,todos agradecem e Adoram e sobretudo Deliciam-se a lê-los ...
NGA SAKIRILA KINENE!
MBUIMMM...! .
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