Origem do "Eu" Ai o que as minhas marés me chateiam Quero sempre tudo sem querer nada Ora planeio conquistar o mundo Ora estou pronto a desistir A prova de ser Humano é a coisa que mais me irrita, e a cada vez que levo na tromba um estalo dos meus limitescaio sempre com estrondo a seguir. Precisei de meter os dedos na ficha para sentir a electricidade precisei de mandar o quadro abaixo até acender o primeiro interruptor. Sempre fui um gajo de falhanços, falhanços, falhanços, para vencer a seguir. Descobri que a pedra é mais rija do que eu quando me partiu a cabeça duzentas vezes, as outras vinte foram testes conclusivos. Cair para crescer Sofrer para escrever As vezes acho que sofro o mal do poeta ... Que não sabe mesmo sobre o que escrever. Por: Nuno Almeida AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC Olha para ti, Olha bem para ti, precisas de uma casa gigante, um carro para ti e para os miúdos quando fizerem 18, uma tv gigante na sala, mais 3 ou 4 fininhas espalhadas pelo quarto, milhões de canais e a Sporttv. Uma internet de velocidade nasa, para alimentar os Pc´s de toda a gente, mais o fixo, mais os androids que toda a gente tem, a internet na tv. Precisas de trabalhar mais para chegar a todos os gastos, trabalhas mais horas, vez menos os teus filhos e normalmente arranjas alguém que os ature. Depois eles crescem, frios e sem princípios querem tudo de mão beijada e quando tu fores velho põe-te num lar. Tens uma vida ridícula de trabalho e consumo. Tudo o que compras desactualiza em poucos anos, portanto este ciclo absurdo será sempre o mesmo, mas passas a vida a dizer, "É só uns anos, até equilibrar" A verdade é que nunca equilibras e um dia já não acordas porque estás morto. Valeu a pena? Por: Nuno Almeida AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC Somos todos Aspiradores
Se olhares assim de repente vais ver, Somos todos aspiradoreS. Engole mais uma injustiça e diz-me a seguir Não sentes o pó na barriga? Não sentes o pó a ficar lama, a apodrecer depois dentro de ti? A coisa amaina um bocado com litro e meio de boa vontade Bem Mas se começares a beber da vida, o que de melhor a vida tem, isto melhora um bocado. A lama fica mais mole A vida fica mais forte para ti A raiva adormece de vez em quando Vais te ver a dar por ti, um tanto ou quanto apaixonado As horas passam mais devagar e respirando fundo vais sentir o chão a tremer Uma espécie de leveza que me leva a ti e a mim para um Mundo um pouco melhor. Sei lá Um sítio com mais natureza Mais diversidade uns putos trepando as árvores se chupares o sumo da vida, como uma criança chupa uma laranja "roubada" da árvore fazes quase magia Vais ver que ao longe os pássaros ainda estão para cantar, Aproveita o concerto tu és feliz Pode ser para sempre se quiseres Por: Nuno Almeida AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC ÁFRICA TERRA D’ENCANTOS Terra de sol, mar e encanto, Gente simples, mas unida, Mãe de filhos sem conta, Gritando teu nome bem alto, Espalhados pelo Mundo fora Terra de cheiros diferentes, Desde ao pó molhado pela chuva, Às areias do deserto, Ao sangue rubro das acácias, Ou à maresia das praias sem fim, Na magia do por do sol Terra diluída na mística selva, Rainha e senhora dos tronos, majestosa como o Leão, Forte, arrasadora, qual elefante nas florestas, E sagaz, célere, como o leopardo nas suas caçadas Terra de riquezas tais, Com tochas a arder p’lo petróleo, De tantos minerais, Os diamantes são um deslumbre, Causando a cegueira a tantos homens, Para fazerem de ti, Um campo de batalha sem tréguas Terra querida e amada, Para mim, d’ encantos mil, De todas as raças existe só uma, Pois corre o mesmo sangue nas veias: Vermelho, cor de garra E no Credo, apenas o da Oração África, Um Mundo no Mundo, Como tu não há igual, Mesmo longe estás sempre perto, Bem junto do coração... Por Fátima Porto AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC QUE SAUDADE Deixo os pés deambularem Na minha imaginação, Sobre nuvens de algodão, Que de olhos fechados, Trazem recordações Abraço-as, Sentindo o cheiro do calor, Como a chuva que molha o rosto, Diluindo o sal da Saudade Oh memórias que não se esvaem, Causadas pela distância, Onde fragrâncias das acácias brotam, Serenando o longo caminho da Vida Mas o coração bate forte, Ao saborear tal nostalgia, Que abafa gritos, Esventrando dores, Porém, é suavizado no sabor do melaço Ah minha Terra, Terra nossa, De tantos, espalhados pelo Mundo, Onde as tuas fortes raízes, Há seiva de todos nós, E o seu sangue derramado Mas a tristeza é tanta, Que desabafo ao mar, segredos meus, Para aí chegarem, Pois a Felicidade reside longe, E encontra-se na Terra onde nasci Mas um dia hei-de voltar, Porque o tempo não se mede, Tem apenas a importância D’uma Saudade sem fim... Por Fátima Porto AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC TERRA MÃE
Nasci com um fardo pesado Sem berço Apenas uma terra esventrada Que tirou a infância E pôs tristeza nos olhos Meu pensamento voa Num grito no meio da multidão Em terra que se perde no infinito Mas sento-me cansada Por quê? Para quê? Dá-me a cheirar as acácias rubras O sabor acre dos tambarinos Nuvens que caíam no chão Nas plantações de algodão Delícias d’um banho numa cachoeira Mas apenas sinto pó de dor Numa chuva de esperança Minha Terra Minha Mãe Eu vou crescer Eu sou Grande… Por Fátima Porto AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC Solidariedade É cómodo ajudar quem não precisa E ter a sensação de se ser bom! Nunca ter de “ despir a camisa”, Nem quebrar regras de “ bom tom”, A vida é uma comédia permanente!... Ajudando os pobres que o não são, Esquece-se quem precisa realmente E mantém-se intacta a ilusão… Quem sofre, quem chora, incomoda… Mostrar a sua dor não é decente! “Cada um no seu lugar” é que está certo. E a vida continua mornamente ... Por : Carmen Filomena AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pela SPA- Sociedade Portuguesa de Autores Encontro Hoje vou procurar-te ! Vou ter contigo, meu amor! Vem! Não tenhas receio… Tu não precisas de falar, Mas deixa-me olhar-te, Beijar-te, se me apetecer… ( E eu sei que me vai apetecer! ) E nessa altura, meu amor, Responde a esse desejo Com o calor que eu sei Que és capaz de me oferecer! Por : Carmen Filomena AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pela SPA- Sociedade Portuguesa de Autores Contradição Penso em ti.
Não penso senão em ti. Só penso em ti. É… é uma obsessão!... Mas,se por um instante Desvio o meu pensamento, Obrigo-me a pedir-te perdão! E digo-me que não é amor Isto que eu sinto! Então … porquê Este só me sentir bem Quando te pressinto. Quando me parece sentir o teu cheiro? Este desejo de ter-te todo inteiro, Sem que um átomo nos separe… E, afinal, recusar a aproximação?!!! Não é amor, não É uma contradição Por : Carmen Filomena AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pela SPA- Sociedade Portuguesa de Autores Em Algum LugarEm algum lugar me conecto A natureza é só mais um capitulo O mar Ah! O mar rompe tabus inóspitos A metamorfose... Gritos desperdiçados As experiências... Selvagismo, apreciações Agressividade, suavidade romantismo, fogo e sedução Alucinações, alienações Paixão, música Toque, olhar frequencial Cinema... Já mais a mesma coisa O mundo... Será o mesmo? Tudo se renova Tudo se multiplica Tudo renasce Em algum lugar Pendores sincronizados Amor proibido Viagens ao futuro Rica fragrância Janelas... Presente vivido Lágrimas Um dia foi... Lembranças, prazeres Fortifica-se o Eu! Intensificam-se talentos Sobeja o amor Em algum lugar Percas de memória Tédio, alguém sabe o que é alguma coisa? Sim! Tudo gira em torno da matéria Ò ciência! Explana-te para os entendidos Almas soltas Reencontros inesperados Honestidade Abertura... Angustias, perdão Para algum lugar em périplos pensar em sonetos da existência para construir algum lugar num lugar... Por: Aguinaldo Gonçalves AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC Não Fosse a Vida e Suas PedrasNão fosse a vida, e suas pedras seus ganhos, amor, integridade, meditação, perdão, virtudes, Princípios, valores, consciência, o ser humano! Não existisse, a natureza com sua beleza e imensidão, o equilíbrio, na saudade permaneceria a esperança de uma reencarnação. Não fosse vertebrado coadjuvado por, Deus, ao acaso deveras existiria? Meus temores, tormentos, minhas atitudes errantes, significariam a minha compreensão? Não explorasse, as profundezas, da psiqui rico seria o meu Eu? Explorasse a lato existência, satisfatória seria a minha felicidade? Não fosse meu companheiro, teses, ao esmo defenderia? Indagações despropositadas em, conexão ao multiverso agradável não será o prazer dos oprimidos escolhidos? E gratificante a fusão em posição ínfima da matéria reduzida ao micro nada do pó ao suspiro imenso Aí galardão, e o prazer em ser humilde e generoso! Por: Aguinaldo Gonçalves AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC Eu Pinto a Minha AngolaEu pinto, a minha Angolahh...
Eu pinto, a minha Angola Do Cunene ao Kuando-kubango, à Benguelahh...! Eu pinto, a minha Angola Das Kwanzas, ao Moxico, à Luandahh...! Ei... Eu pinto, à minha Angolahh... Eu pinto, à minha Angolahh... Das lundas, ao Zaire, à Cabindahh... Eu pinto, à minha Angolahh... ...ohh, praia morenahh... Ei! Oh Namibe, Huilahh... Eu pinto, à minha Angolahhh... Por: Aguinaldo Gonçalves AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC |
AutorAs " Crónicas De Fim De Semana",são publicações feitas aos fins de semana, de Belos Poemas textos que filhos da terra nos enviam.... Crónicas Fim de Semana
Cliquem no titulo da Crónica que Desejarem ler ,ou pelo nº da sua Edição que ela abrirá e Deliciem-se ... Crónicas Fim de Semana
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