Tiraram-me a palavra Tiraram-na quando semeava Bramem vozes Entoam hinos Porquê? Eu digo porquê! Não basta amordaçar? Agora estripam-na das cordas? Abrem janelas Trancam portas E esquecem-se que ela alimentava? Ah! Me amarro nos dizeres ásperos sobre caminhos amorfos E liberto-me na austaraxia De ser humano com a graça de ser criatura... Desamarro-me Sim! Desamarro-me! Pois deste cárcere já fui vil Hoje! Hoje tiraram-na de mim Ai! Então porquê? Se na mensagem do léxico dizia "havemos de voltar" Me contento por ter de calar? Me revolto por ter de olhar? Ou estaria a visionar política no recipiente da arte? Num realismo socialista que traz o novo pensamento artístico pela expressão oprimida Tirem-na! Ou tirem-me de mim. Sei sonhar e palavrear Com o pranto do homem injustisçado nas profundezas industriais que parem riquezas avassaladoras e, nem por isso há famílias descontentes... Tiraram-me a palavra Mas a fé pela lavra é um mistério que o cachimbo do soba entoava em suas baforadas! Quando o filho de África era explorado mar a dentro... Por: Aguinaldo Gonçalves AVISO -Estes escritos estão registados e protegidos pelo IGAC Existo no meu hermético sentido poético Devasto mundos em mim... Construo muralhas nesta vida de ínfimos amigos Ratifico exórdios num estado que dizem ser arte! Hum! Houvesse milagres para melhor aceitação... Já não sei se saber significa curvar-se... Deteriora-se a concedida alma num grito ao apelar por esta sapiência que não é ciência fruto de uma objectiva experiência! Carta ao vento
Uma carta de amor ao vento Com a caneta aos saltitos Como tu ser livre Viajar sem recear voltar Conhecer, alargar, tocar! Rostos suavizar Em densas correntezas fazer poesia com todas a partículas |
AutorAs " Crónicas De Fim De Semana",são publicações feitas aos fins de semana, de Belos Poemas textos que filhos da terra nos enviam.... Crónicas Fim de Semana
Cliquem no titulo da Crónica que Desejarem ler ,ou pelo nº da sua Edição que ela abrirá e Deliciem-se ... Crónicas Fim de Semana
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Dezembro 2014
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