Inaugurados Laboratórios no Âmbito do Planageo
Um empreendimento, composto por laboratório geoquímico e de preparação da amostra e processamento mineral, foi inaugurado hoje, em Luanda, no Pólo Industrial de Viana, em Luanda, com o objectivo de dar respostas ao Plano Nacional de Geologia (Planageo), enquanto se aguarda pelo fim das obras do laboratório central. O empreendimento, pertencente à empresa pública Geoangol (com uma forte presença societária da Empresa de Ferro de Angola, Ferrangol) é tido pelo Executivo angolano como estratégico na implementação do Planageo. O laboratório geoquímico é importante para o Planageo, na medida em que o mesmo já entrou na fase geológica de recolha de amostras. Em princípio, este laboratório vai suprir a lacuna que existe (falta de conclusão das obras do laboratório do Kilamba), mas, mesmo depois dos laboratórios do Planageo estarem concluídos, este vai servir de alternativa para fazer novas análises e comprovação. Para além destes laboratórios, a infra-estrutura comporta também laboratório de perfuração e workshop de perfuração. Ainda hoje, o coordenador da comissão multi-sectorial para o Planageo, Francisco Queiroz, visitou também as obras do laboratório central de geologia e futura sede do Instituto Geológico de Angola (Cidade do Kilamba), onde constatou o grau de cumprimento das obras. Os trabalhos estão em estado avançado (ponta final) e, neste momento, o sector faz a contagem regressiva para recepção da obra. O governante considera uma obra de boa qualidade em termos de construção e de material empregue, cujo laboratório vai servir de referência, na medida em que não vai apenas acudir as necessidades laboratoriais de Angola em termos geoquímicos, mas também os países da região. No final da visita, Francisco Queiroz sublinhou que os trabalhos decorrem dentro do que está planificado no âmbito do Planageo, o que constitui um grande passo na concretização deste programa. Informou que o primeiro barco com o equipamento laboratorial moderno para os três laboratórios do Planageo (Luanda, Saurimo e Huíla) atraca no país dia 10 do corrente mês. Segundo sublinhou, o país tem de ter capacidade interna para fazer as análises geoquímicas. ***************************************************************** Estudantes concluem formação no âmbito do Planageo Pelo menos 30 estudantes angolanos ligados ao sector da Geologia e Minas concluíram, recentemente, na República da China, a formação nos vários ramos, no âmbito do Plano Nacional de Geologia (Planageo). O coordenador da comissão multi-sectorial para o Planageo, Francisco Queiróz, que vai proceder ao encerramento da formação naquele país, informou que, para além destes formados, as empresas operadoras do Planageo, dentro dos termos do contrato, têm também a obrigação de formar técnicos. “Este trabalho está a decorrer sem sobressaltos, ao mesmo que o sector conta igualmente com os geo-cientistas cadastrados no país”, explicou o governante. Ao fazer um breve resumo da situação do Planageo, referiu que dos 22 blocos escolhidos para levantamento geofísico, 14 estão já concluídos, representando um grau de execução na ordem dos 77 porcento, os restantes poderão estar concluídos entre Janeiro e Fevereiro de 2016. Entretanto, apesar de não terem sido concluídos todos os blocos, disse, os trabalhos já estão a entrar para a fase geológica, que é a de recolha de amostras. Esta fase vai consistir na recolha de amostras no terreno a fim de leva-las para o laboratório. Por isso, tornou-se urgente a inauguração do laboratório alternativo. “Nos levantamentos já efectuados existem informações interessantes, pois estão a ser identificadas ocorrências que nos permitem afirmar que Angola será um país rico, a julgar pelas descobertas que estão ser feitas. Afirmou que o conhecimento geológico e mineiro do território nacional vai garantir a redução de custos, na fase de pesquisa e prospecção, bem como permitir direccionar investimentos para objectivos precisos. Recorde-se que a componente operacional do Plano Nacional de Geologia foi lançada simbolicamente em Maio de 2014. O Planageo, que representa um investimento de cerca de 405 milhões de dólares do governo de Angola, tem a duração de quatro anos, e um dos resultados provisórios esperados está ligado a actualização da carta topográfica de 1:100.000, cobrindo 81,8 porcento do território nacional. Por seu turno, o director da Empresa de Ferro de Angola, Diamantino Azevedo, sublinhou que com a inauguração do empreendimento, a Ferragol conclui com os objectivos definidos no seu plano estratégico, no que toca ao fomento da criação de uma estrutura capaz de realizar actividades de suporte técnico ao Planageo. Tais actividades consubstanciam-se na análise laboratorial, sondagem geológica, estudos geológicos, formação técnica e investigação científica. Fonte: Angop |
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Março 2017
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